Scritto da © Ezio Falcomer - Gio, 05/01/2017 - 11:36
<< Io non avevo il volto di oggi,
così calmo, così triste, così magro,
né questi occhi così vuoti,
né il labbro amaro.
così calmo, così triste, così magro,
né questi occhi così vuoti,
né il labbro amaro.
Io non avevo queste deboli mani,
così ferme e fredde e morte:
io non avevo questo cuore
che neppure dà segno di sé.
così ferme e fredde e morte:
io non avevo questo cuore
che neppure dà segno di sé.
Io non mi sono accorta di questo mutamento,
così semplice, sicuro, facile:
- in quale specchio è andato perso
il mio volto? >>
(Cecilia Meireles, “Ritratto”)
così semplice, sicuro, facile:
- in quale specchio è andato perso
il mio volto? >>
(Cecilia Meireles, “Ritratto”)
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(testo originale in portoghese)
<< Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face? >>
(fonti web:
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face? >>
(fonti web:
http://www.sagarana.net/rivista/numero29/poesia7.html, 25-08-2016, h 6:05
http://www.casadobruxo.com.br/poesia/c/retrato.htm, 25-08-2005, h 6:05)